Jesús Marchamalo García. Tocar los libros. Madrid : Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 2008. 68 p.ISBN: 978-84-00-08638-1. Download do registro.
“Não sei quem disse que cada livro guarda em seu interior as pegadas de um leitor que existiu em outros tempos, e reler livros é como viajar na máquina do tempo, há notas, assinaturas, flores prensadas …” Disto e outras coisas que os livros são “toque nos livros” nos diz “Tocar os livros”
Um estudante da prestigiada Universidade de Salamanca consegue dois preservativos de tripa de porco. Acontece que, ele pensou que na biblioteca, dentro de um manual de medicina antigo é um bom lugar para escondê-los. Infeliz, ou simplesmente esquecido, nunca os recuperou.
A leitura é um fator primordial para a vida em sociedade, mesmo assim muitas pessoas ainda não se apropriaram desse hábito. Essa temática vem sendo foco de várias pesquisas e eventos acadêmico-científicos, sempre com o objetivo de torná-la acessível a todos.
O Brasil apresenta largas distâncias entre seus Estados e municípios sofrem com a ineficácia na implantação de projetos. O Estado do Amazonas ocupa o maior espaço territorial do país, além disso, o transporte fluvial pelos rios é a única forma de acesso às comunidades.
Nesse contexto a Expedição Barco Biblioteca atua com uma atividade desenvolvida por um grupo de voluntários que visa levar a leitura para as comunidades do Amazonas que não possuem acesso de via terrestre, tentando alcançar e ganhar o maior número de leitores possíveis. Contribuindo para o processo de inclusão informacional a partir da prática da leitura e a democratização do acesso ao livro que são aspectos importantes na denominada sociedade da informação e do conhecimento.
Trata-se de um desafio, pois a leitura, condição que para muitos é considerada essencial, não está disposta para todos e há pessoas analfabetas que precisam ser incluídas na sociedade a fim de garantir sua participação como cidadão.
A metodologia dessa atividade surgiu em 2006 com o Instituto Ler para Crescer da Amazônia (ILPC), organização sem fins lucrativos, de atuação filantrópica em defesa dos direitos das crianças e adolescentes e que se ocupa com ações para comunidades menos favorecidas nos bairros da periferia de Manaus.
A ação arrecada recursos financeiros por meio de doações de amigos e familiares. Destaca-se que é uma atividade voluntária e estamos abertos para parcerias e mais voluntários para as próximas edições.
O Barco viaja pelos rios do Amazonas, promovendo ações em comunidades ribeirinhas – especialmente para as crianças que ali vivem. Tais atividades destacam a importância dos livros na vida cotidiana e abordam temáticas que valorizem a conscientização ambiental, já que estão inseridos no ambiente amazônico e também ao valorizar essa temática, cria-se um sentimento de identidade com a população visto que grande parte vivem a base econômica de agricultura e da pesca.
Nossa jornada teve início no dia 11 de agosto onde nos deslocamos para o município de Manacapuru localizado a 71 km da capital mas que faz parte Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas. No dia 12, partimos logo cedo do Porto de Manacapuru e voltamos à Manaus no final da tarde do dia 13.
Posso dizer que foi um final de semana revigorante para todos os marujos (maneira pela qual denominamos carinhosamente cada voluntário da atividade), acreditamos que plantamos boas sementes e que em breve elas possam florescer e gerar bons frutos nas Comunidades: Águia de Sacambu, Nossa Senhora de Nazaré, São Paulo e São Pedro do Castanho.
Após conversa com os marujos , chegamos a conclusão que aprendemos sobre:
Reciprocidade. Vamos para ajudar mas na verdade nós somos ajudados. Não somos mais as mesmas pessoas que éramos antes dessa atividade assim como as pessoas com as quais tivemos contato também foram impactadas e transformadas de alguma maneira. Fomos marcados e marcamos vidas, histórias, redesenhamos rumos.
Conexões. Estabelecemos fortes conexões. A possibilidade da imersão faz com que trocamos ideias constantemente, compartilhando experiências de vida e aprendendo juntos a cada momento. Mesmo a maioria dos marujos não se conheçam previamente, salvo poucos casos, ao final todos saem como se fossem amigos “a mais de 10 anos”. Isso porque as atividades são divididas por grupos e a rotatividade na execução das atividades e as dinâmicas facilitam o intercâmbio na medida que favorece o diálogo.
União. Juntos somos mais fortes. Somos a soma de muitas experiências e podemos ser pontes para muitos, sobretudo para as pessoas menos favorecidas. Há quem diga que servimos de canal de alegria e conhecimento na vida daqueles pequeninos e pequeninas.
Amor e solidariedade. O amor transborda. Essa foi a resposta inclusive para a imprensa. Os marujos transbordam amor o ano todo com seus pais. Dedicaram o final de semana para dividir amor com outras pessoas, com outras crianças e outros pais. Isso porque esse projeto social, mais que executado ele é vivido. Aqui o importante é a boa vontade: há que doar-se!
Habilidades e talentos. Sempre há a ocasião certa para descobrir ou desenvolver talentos e habilidades. Ver como o outro me enxerga e como eu me vejo é ideal para reconhecer que não somos perfeitos mas podemos melhorar. O importante é não focar nas nossas deficiências e sim no que sabemos fazer com louvor. E o que sabemos fazer bem deve ser compartilhado. Assim, o barco é uma oportunidade para se juntar com aquele colega que sabe fazer outra coisa que eu sou capaz de reconhecer que não sou tão bom mas me interessa desenvolver.
A leitura como experiência. Ler ou escutar em voz alta é uma maneira de abrir os espaços para fora da realidade. A leitura permite um salto para um mundo onde a fantasia e a imaginação de um futuro passa a ser possível. Ela nos convida a isso quando nos apropriamos de fragmentos de espaços fictícios para ilustrar a nossa alma e criar novos lugares para viver. Quero dizer aqui, que projetamos belezas, fábulas, sonhos e maravilhas sobre a nossa vida cotidiana.
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Clayton Pascarelli
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
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Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Ana Paes
Fotografia: Clayton Pascarelli
Que possamos multiplicar essa corrente do bem, que possamos ser mediadores de leitura saindo de barco, de ônibus, a pé… Que sejamos luz e alegria nesse mundo.
Informamos aos leitores do blog que em breve vocês poderão replicar a experiência. Poderão se juntar com um grupo de amigos, familiares e outros que acreditam na ideia e desenvolver a atividade. Em breve divulgaremos o Manual para realização do Barco Biblioteca, detalhando as atividades.
Se você tem interesse em viver essas experiências, fique atento para as próximas edições. Provavelmente não vai ser como você imagina, vai ser muito melhor.
Uma coleção de cartazes sobre livros e bibliotecas vintage que vão desde o final do século 19 até a década de 50 do século 20. Pensadas para incentivar o hábito da leitura e a visita desses espaços.
Os cartazes foram projetados na maioria dos casos na primeira metade do século 20. Você verá exemplos não só dos EUA, mas também da Holanda e da Polônia.
Apelos para salvar os livros, porque todos os dias há mais e distintas ofertas mais elevadas para preencher nosso tempo de lazer. A agência desenvolveu uma campanha de impressão que ganhou o Prêmio Leão de Ouro em Imprensa no Cannes Film Festival. A campanha consiste em três páginas duplas: Moby Dick, Dom Quixote, O Pequeno Príncipe, três dos mais amplamente lido nos livros de história da humanidade.
Agência: Grey
Anunciante: Associação de Editores de Madri
Ano:2013
“Quando você passa tanto tempo na frente de um vídeo game, você mata não só os seus inimigos.”
“Quando você gasta tanto tempo jogando no seu celular, nem tudo o que destrói dá pontos”.
“Se você gasta muitas horas assistido a série mais vista da história, os protagonistas não serão a única coisa que você acaba perdendo”.
Com essa campanha a agência asiática ilustra como “literalmente” um livro pode mudar sua vida. De que forma determinadas leituras podem possibilitar a mudança de direção em nossas vidas.
Em 2014, a mesma agência Y&R Beijing realizou uma nova campanha, desta vez para promover os audiolivros da Penguin, a campanha intitulada “Capturada em Áudio” que foi premiada na modalidade gráfica do Prêmio Clio Awards.
As Aventuras de Sherlock Holmes, capturado em aúdio
Frankenstein, capturado em aúdio
Moby Dick, capturado em aúdio
Alice no País das Maravilhas, capturado em aúdio
Drácula, capturado em aúdio
Dia D – A invasão de Normandia, capturado em aúdio
Assista ao vídeo da campanha e espalhe a leitura pelo Brasil.
A FazINOVA acredita no poder dos livros de mudar vidas. E por isso resolvemos juntar todas as nossas forças, através dos inúmeros Embaixadores que temos pelo Brasil, para disseminar o hábito da leitura com a campanha “50mais1”.
Mais uma vez surpreendido e encantado com o trabalho de Bel Pesce, sim, ela mesma, a escritora do famoso livro A menina do vale. Uma jovem empreendedora brasileira que está sempre buscando estimular outros jovens a “fazer acontecer”, empreender e desenvolver habilidades e competências de modo responsável. É importante ressaltar o compromisso com o social porque a missão da empresa é muito clara e acredita que nosso país é o resultado da soma das ações de todos nós.
No Brasil, metade da população tem o hábito de ler. Cinquenta mais um desafia você, leitor, a compartilhar esse hábito emprestando um livro que você gosta para um amigo, e assim, trazendo cada vez mais pessoas para esse universo da leitura.
#Para participar é simples:
Tire uma foto com o livro que será compartilhado.
Diga qual amigo vai receber o livro.
Poste nas redes sociais com a #50mais1 indicando mais 3 amigos para continuar a corrente.
Para facilitar a postagem, a FazINOVA montou esse texto que pode ser copiado e compartilhado:
Fui desafiado a compartilhar um livro e incentivar a leitura no Brasil com a campanha #50mais1. Um livro que me ensinou muita coisa foi “nome do livro” e eu vou emprestá-lo para a “nome do amigo” E desafiar meus amigos “amigo1”, “amigo2” e “amigo3” a também compartilhar um livro e desafiar outras pessoas.
Manifestação artística da Dança Murga na Avenida Corrientes.
Normalmente algumas pessoas me questionam: “Por que tu escolheste Buenos Aires para estudar o mestrado se na América Latina e Caribe quem se destaca (em termos de produção científica na área de Ciência da Informação*) é o Brasil?“.
Estudar fora do Brasil e fazer um intercâmbio cultural de acordo com os meus critérios, Buenos Aires, capital da Argentina atendia todos os critérios que eu tinha estabelecido: oportunidade, burocracia nos trâmites de migração, oferta de cursos de curta duração, oferta cultural, conveniência financeira e as quatro estações bem definidas (SIM! Sou do Norte, só temos inverno e verão, é dizer: calor com chuva e calor sem chuva).
Deixando os outros pontos de lado nesse momento, comento que Buenos Aires é o centro cultural da América Latina, uma cidade cosmopolita que se caracteriza, sobretudo, por una nutrida atividade intelectual.
É um fenômeno que apesar da conhecida crise que conhecemos e vivenciamos, e que é altamente alarmada pelos meios de comunicação massiva brasileiro, não se pode negar que cidade de Buenos Aires põe em evidência a tradição de consumo cultural.
Segundo o Ministro da Cultura, Hernán Lombardi, em nota para o Jornal La Nación em 17 de novembro de 2014,
“A cada fim de semana há 300 salas de teatro (privadas e oficiais) funcionando com público. E a cidade que está mais se aproxima a este número é Londres, mas não supera Paris nem Nova Iorque”.
E o mais interessante de tudo é que os aproximados 16 festivais culturais quase sempre são gratuitos, sendo assim, Buenos Aires está na segunda posição, perdendo apenas para Edimburgo, capital da Escócia, a qual apresenta 20 propostas desse tipo e ganha o ranking das cidades com mais festivais no mundo.
Tem uma proposta excelente para atrair pessoas que não costumam ir a museus. Ademais, está cheia de atividades específicas nas distintas noites e que enriquecem a oferta. Há visitas guiadas especiais, oficinas, espetáculos teatrais e de dança, jogos interativos e recitais.
Uma vez ao ano é renovado o compromisso com a indústria editorial e a promoção das livrarias. O quarteirão compreendido pelas Avenidas Corrientes, Callao y Talcahuano se convertem em uma passarela, onde as livrarias e bares mais emblemáticos se abrem ao público com atividades culturais e livros para todos os gostos.
Além das lonas decircos do Buenos Aires Polo Circo, há atividades nos espaços abertos como no Complexo Cultural Cine Teatro 25 de Mayo, no Centro Cultural San Martin, nos bairros, em algumas praças, museus. Há diversas oficinas, palestras, treinamentos e cursos de curta duração. Há shows nacionais, todos de entrada livre e gratuita e os internacionais geralmente podem sair pela metade do preço para estudantes, idosos e aposentados.
Então, não há como não encantar-se com a oferta cultural que oferece Buenos Aires. Talvez não seja acessível a todas as classes da sociedade portenha, embora tenha visto que pelo menos nas publicidades são bem convidativas e tentam incluir todas as partes e promovem eventos nas periferias também. Outro aspecto que me encantou é que algumas atividades de tais festivais estão sendo realizadas em prédios históricos que ficam longe do centro da cidade, foram recuperados pela questão de patrimônio e memória e desde dois anos começaram a ter uso efetivo por conta de tais festivais.
*Curiosidade:
Segundo dados daRevista Interamericana de Bibliotecología o ranking das TOP 5 em produção científica em Ciência da Informação seria: Brasil, Argentina, México, Venezuela e Chile.
São livros empilhados uns em cima dos outros, formando esculturas pintadas. Várias tintas e lápis de cor, desenha e pinta os seus personagens.
A criatividade de Mike Stilkey, artista norte-americano chama atenção por lançar uma proposta ousada que envolve a pintura e desenho em objetos alternativos em papel ou tela, capas de discos,capas de livros e até mesmo o próprio livro que são alguns objetos utilizados como base para a pintura.
Usando uma mistura de tinta, lápis de cera, tintas e vernizes, Stilkey retrata um melancólico, por vezes, lunático, elenco de personagens que habitam espaços ambíguos dentro de narrativas de fantasia e contos de fadas.
Utilizando misturas de tintas, lápis de cor e algum verniz, o artista transportou para os livros toda a sua criatividade.
A sensação despertada com seu estilo predominante de pintura expressionista e figurativa sugere uma profundidade emocional que atrai o espectador em seu escravo introspectivo, a uma mistura de poesia, irrisório, sagacidade e mistério. Que pode impressionar e divertir ao misturar o cotidiano com um toque de humor e uma dose de tristeza e melancolia.
Já pensou ter livros e obra de arte em sua casa? Quem sabe existe um Mike Stilkey dentro de você.
Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, unidade vinculada à unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa).