Tuitaço pela biblioteca

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O dia da #biblioteca é uma ação internacional que tem a finalidade de difundir através do Twitter mensagens com a etiqueta #biblioteca para divulgar o valor social, cultural e educativo dos serviços bibliotecários.

Espero que você possa participar conosco no próximo dia 10/08/2015, no Twitter falando sobre a #biblioteca e compartindo com outros colegas de todo o planeta.

Ainda que possa tuitar durante todo o dia, queremos concentrar os esforços brasileiros em dois momentos: 11:00h e 15:00 h.

Todo começou em 2009 como um jogo entre um grupo de amigos que se perguntavam se seriam capazes de converter a  #biblioteca num trending topic. Mesmo passado os anos que conseguiram o objetivo em mais de uma ocasião, todos continuam entusiasmados a cada ano e seguem agregando pessoas em diferentes países e que desejam se empenhar para que a biblioteca tenha maior visibilidade.

Se quiser saber mais sobre o porquê e a história da #biblioteca, os remeto aos arquivos deste blog, especialmente os do mês de agosto de 2009, quando surgiu tudo, e a este site que criado por Diego Ariel Vega e que se recopila toda a informação sobre a aventura.

O que publicar:

Os conteúdos dos tweets podem ser de muitos tipos, o importante é que sempre estejam acompanhados da hashtag #biblioteca e que em cada mensagem se mostrem nossos valores. Algumas ideias:

  • Se é usuário: Conte sua experiência,  as razões de usá-la, vantagens (e inconvenientes), Estás satisfeito? Exitem bibliotecas perto da sua casa ou comunidade?
  • Se é bibliotecári@: O que você faz, onde trabalha, o que você gosta [o não] de suas tarefas, etc.
  • Se é uma biblioteca: Se trata de mensagens mais orientados as proprias bibliotecas, para que se mandem com a conta institucional. Difunda esta informação entre seus usuários (eles são a chave de que sejamos trending topic), explica seus serviços, horários, atividades, quem é essa instituição, etc.

Exemplos:

A #biblioteca não é um gasto, é uma inversão

#biblioteca + bibliotecári@s: um direito irrenunciável

Uma foto na  #biblioteca ______ http://___

Fiz meu book de casamento, aniversário, na #biblioteca

Vídeo sobre o uso do catálogo da #biblioteca

Te apresentamos ao clube de leitura da #biblioteca

A #biblioteca recomenda ____ 

Um obra essencial ____, disponível na #biblioteca

Graças a  #biblioteca conheci ____

Um livro interessante que li sobre______ e está na  #biblioteca ______

Lembre que sua #biblioteca está em http://___ ,

A #biblioteca te oferece diversidade de serviços http://___

A partir do catálogo da #biblioteca você pode conhecer nossos recursos

Tutorial sobre o serviço ___ da #biblioteca http://___


Solte a imaginação! E independentemente de ser usuário, bibliotecári@ ou biblioteca, ajude a difundir o evento entre seus seguidores do Twitter, anime-os a participar. Segue pessoas importantes? Peça que te ajudem a difundir a ideia, ademais: comente coisas, comparta fotos, sugira leituras. Qualquer coisa, mas não esqueça a hashtag  #biblioteca

Lembre-se e esteja seguro de tuitar: #biblioteca e não #bibliotecas (no plural) ou outras possíveis variações.

Imagens que podem ser compartilhadas e divulgadas a vontade:

Para leitores de outros países, confira os horários:
  • 08:00 e 12:00 h. Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicaragua.
  • 09:00 e 13:00 h. Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru.
  • 09:30 e 13:30 h. Venezuela.
  • 10:00 e 14:00 h. Cuba, Bolívia, Chile, Estados Unidos (Washington), Paraguai, Porto Rico, República Dominicana
  • 11:00 e 15:00 h. Argentina, Brasil, Uruguai.
  • 15:00 e 19:00 h. Espanha (Canarias), Portugal.
  • 16:00 e 20:00 h. Espanha (Península)

10 destaques do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação

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Bibliotecários, editores, livreiros e representantes de base de dados e softwares se reuniram mais uma vez no congresso para falar de pontos em comum, para fazer negócios, para aperfeiçoar-se nos minicursos e trocar ideias no “Conversando sobre” e apresentações de trabalhos, no que constitui o maior acontecimento da comunidade bibliotecária brasileira.

Foi um grande prazer poder encontrar amigos, colegas de outras cidades e pensadores da área que conhecia apenas pelas redes sociais. O congresso que acontece a cada dois anos tornou-se um espaço privilegiado para a apresentação de experiências, práticas e difusão da produção técnico-científica relativa a bibliotecas, unidades de informação, ensino e pesquisa.

O mais interessante foi a agenda de contatos que se pode estabelecer nesse espaço com profissionais dos outros Estados do Brasil e a partir daí gerar frutos de trabalhos colaborativos. Percebe-se as mudanças nas linhas editoriais, produção e comercialização de base de dados e e-books, nos inteiramos do que está sendo produzido pelos colegas em termos de artigos e mesmo de atividades práticas.

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Destaques

  1. A pergunta que deve motivar os profissionais da informação não deve ser “como” mas “porque” e então teremos mais claro a maneira de mostrar nosso valor a sociedade.
  2. O discurso a partir e agora é: “Veja o que podemos fazer!” Portanto, esqueçamos aquela “Precisamos de bibliotecários”.
  3. “Ao invés de desenvolver coleções, precisamos desenvolver conexões” (David Lankes @rdlankes). Ou seja, devemos orientar nossa carreira pelas pessoas e não somente pelos processos, dessa forma será possível criar coisas lindas.
  4. Bibliotecários precisam sair dos prédios (espaço físico).
  5. É necessário seguir estimulando os colegas de profissão a divulgar seus trabalhos nos eventos. Talvez tenhamos boas práticas em nosso país e elas só não estão sendo divulgadas. É hora de contagiar e motivar nossos colegas que sabemos que está desenvolvendo um trabalho diferente.
  6. O empreendedorismo torna mais evidente na profissão bibliotecário e não apenas na literatura acadêmica, há sim casos práticos e reais. Precisa ser estimulado desde a formação.
  7. Os agentes públicos continuam com uma noção errônea de biblioteca pública. Poucos Estados apresentaram ideias inovadoras, o que mostra que ainda é triste nosso cenário nesse ponto. O Governo Federal apresentou alguns editais e programas que alguns Estados desconhecem ou não sabem como concorrer ou mesmo seja falta de boa articulação política.
  8. O negócio das bibliotecas escolares não é o livro, é aprendizagem. (David Lankes citado por Bernadete Campelo).
  9. O cenário das bibliotecas escolares pode mudar rapidamente se a sociedade e governo entenderem as possibilidades que elas podem oferecer. Ou seja, abandonaremos o discurso da miséria e da exaltação e começaremos apresentar ações que impactem na aprendizagem.
  10. O bibliotecário é o principal responsável por sua carreira. Não podemos culpar a academia pelas nossas falhas e falta de preparo. Mesmo quando há boa vontade de mudarem os planos e ementas, pela burocratização, quando estas são aprovadas, já estão ultrapassadas. Portanto, é mais que a hora de criar o hábito da educação continuada. (Fala de Dani Spudeit que concordo com cada ponto e vírgula)

Espero que o propósito final do evento tenha sido cumprido, que haja sido um ambiente esclarecedor e que tenha permitido por meio das mesas redondas, visitas técnicas, minicursos, conferências e mesmo nos corredores, levar a cada um dos profissionais novos elementos de análise, descobertas de oportunidades, amizades prósperas e excelentes oportunidades de trabalho.

Bibliotecas em todo o mundo estão sofrendo cortes orçamentários resultantes da crise econômica

Bibliotecas em todo o mundo estão sofrendo cortes orçamentários resultantes da crise econômica: inversão ou gasto?

investir em tempos de criseAs bibliotecas desempenham um papel fundamental na sociedade, não só como lugares onde um indivíduo pode emprestar livros ou utilizar-se do espaço sem gastar um real por isso.

Me refiro aqui às bibliotecas que fornecem bons serviços à comunidade como os centros culturais ou mesmo as bibliotecas parque, um conceito que surgiu em Medellín, na Colômbia e chegou ao Brasil onde já existem no Rio de Janeiro e São Paulo  e vem ganhando cada vez mais visibilidade devido sua formulação ser  mais ampla do que a tradicional, vai além de ter um acervo literário e de oferecer empréstimos de livros.  A ideia é que esses locais se aproximem de centros culturais, com ampla acessibilidade, a realização de atividades culturais e a promoção de leitura nos mais diversos suportes.

Mas com a crise do que a maioria dos países do mundo têm sido cruz recursos orçamentais notáveis em muitas ocasiões têm desempenhado-se à cultura e bibliotecas onde há livros são comprados, quase não há empregados ou, por exemplo, revistas não estão disponíveis.

É uma realidade comum nas mídias impressas e mesmo nos correios eletrônicos que tenho recebido ultimamente. É fato o recorte nos orçamentos destinados às bibliotecas mesmo em países onde culturalmente elas se apresentam como instituições de alto reconhecimento para a sociedade.

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Em Nova York, já foi decidido dispor uma fatia no orçamento destinado aos serviços direto ao púbico das bibliotecas em mais ou menos U$10 milhões de dólares do total de U$323 milhões (New York Times; 21/04/2015) o restante serve para pagar os funcionários e quase nada sobra para modernizar as instalações dos edifícios e realizar outras manutenções que sejam necessárias.

Comparado ao ano de 2008, já apresenta uma perda de 65 milhões de dólares que deixaram de ser investidos nesses espaços. Isso desenvolveu protestos em frente as instituições porque os cidadãos entendem que o orçamento para tal instituição nunca deveria baixar, mas sim permanecer estável ou aumentar ano após ano. E já começam a mobilizar-se para recuperar dinheiro que possibilite a volta de alguns programas que deixaram de ocorrer desde o referido ano.

Keith Michael Fiels (2011) elaborou um excelente trocadilho em seu artigo “A Library State of the State: trends, issues and myths” quando disse:

“Nós já ouvimos falar da ‘biblioteca sem paredes’ por muitos anos e muitos políticos prontos para acelerar a impressão dessa tendência acabaram criando a ‘biblioteca sem dinheiro”.


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Pensando nisso, a sociedade se organiza. O Movimento Abre Biblioteca que surgiu em Manaus em maio de 2012, inspirado no Marea Amarilla (Maré Amarela), movimento criado em prol da luta pelas Bibliotecas Públicas da Espanha. Encabeçado pelas bibliotecárias Soraia Magalhães, Katty Anne Nunes, eu Thiago Giordano Siqueira, na época ainda estudante de Biblioteconomia  e a design Evany Nascimento decidimos criar uma mobilização para garantir a reabertura da Biblioteca Pública do Estado do Amazonas que se encontrava fechada a 5 anos para reformas.

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Agora, cria-se uma extensão carioca, Movimento Abre Biblioteca Rio para sensibilizar as autoridades e demais responsáveis pelas bibliotecas parque do Estado do Rio de Janeiro sobre a contenção de investimentos que levou as 4 instituições a  limitarem os dias e horários de atendimento ao público. Por conta disso, haverá um Ato público contra os corte na cultura, especialmente nas bibliotecas-parque; Data e horário: 29 de maio de 2015, às 15 horas; Local: Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro, Avenida Presidente Vargas, 126 – Centro.

Aproveito o espaço para divulgar o movimento “Eu Amo Biblioteca, Eu Quero” foi criado pela Federação Brasileira de Associação de Bibliotecário (FEBAB) para mobilizar a sociedade e mostrar que as bibliotecas não são apenas um espaço para guardar livros. As bibliotecas devem ser espaEu-amo-bibliotecasços convidativos e, além de incentivar a leitura, precisam oferecer uma agenda cultural variada com música, cinema, dança, arte, cursos, palestras, oficinas. Nós precisamos de bibliotecas, e devemos exigir bibliotecas de qualidade. É nosso direito como pessoa, como cidadão.

Eu percebo e gostaria que muitos governantes e investidores notassem as bibliotecas como uma fonte de inversão social porque nelas se cresce como pessoas, se constroem cidadãos que precisam de informação. [Não vale dizer que a internet chegou pra democratizar, porque é papo. Nem todos possuem computador em casa, tampouco acesso a internet ou ainda sabem manipular o aparato tecnológico]. 

As bibliotecas não são apenas lugares de estudos ou para empréstimo de livros, há muitos casos em que ela é utilizada para consultar os anúncios de apartamentos, para que os desempregados possam ser orientados de que maneira criar seus currículos e ainda para as crianças recebem aulas gratuitas. Ou seja, elas são essenciais para o desenvolvimento da cultura democrática e são lugares de encontro, debate e convivência para comunidade local.

Uma vez que a sociedade se mobilize e promovam atos a favor das bibliotecas, então a mediocridade dos gestores diminuirá pouco a pouco e começarão a conhecer o valor das bibliotecas, dos profissionais que a constituem e ainda dos milhões de pessoas que a frequentam diariamente e as que ainda estão por conhecer a magia desse lugar.

10 idiomas mais presentes na internet e a sociedade da informação

Recentemente em discussão sobre a produção de conteúdos em língua portuguesa, comentamos que esta língua já figura como a quinta mais presente na Web. Mesmo que que a língua inglesa tenha um uso mais comum na produção de conteúdos publicitários ou acadêmicos disponibilizados o português vem ganhando espaço, sobretudo, devido ao crescimento da utilização da Internet em países como o Brasil, Angola e Moçambique.

Pensando nisso, fui em busca de mais informações. De acordo com pesquisa subsidiada pelo Internet World Stats no ano de 2014, podemos observar as últimas estimativas para usuários de Internet por língua:

idiomas na internet 2014

 

Brasil domina o mercado de Internet da América Latina em termos de número de usuários.

Em nível global o Brasil se posiciona em quarto lugar, ficando atrás de China, Estados Unidos e Índia, respectivamente.

Em termos de penetração, que ocupa aproximadamente o terceiro lugar, atrás de Uruguai e Chile e ligeiramente à frente da Argentina.

Brasil é o país onde mais de um terço de todos os usuários de celulares na América Latina e no Caribe.

número de usuários na internet américa do sul

Com as possibilidades diversas da forma de pagamento, a classe média do país está se tornando um consumidor cada vez mais desejoso de computadores e  smartphones.

Segundo informações divulgadas na Pesquisa de Mídia Brasileira 2015, divulgadas em 19/12/2014 pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, os brasileiros já passam mais tempo navegando na internet do que na frente da TV.

gasto de tempo na internet

Brasileiros gastam em tempo médio conectados à internet :

  • 4  horas e 59 minutos por dia usando a internet durante a semana.
  • 4 horas e 24 minutos/dia nos fins de semana.
  • 76% acessam a rede todos os dias.
  • O pico de uso é às 20h, tanto nos dias úteis quanto nos fins de semana.
  • Jovens com até 25 anos, 63% acessam a internet todos os dias.
  • Adultos com 65 anos ou mais, o percentual de acesso cai para 4%.
  • 8% estudaram até a 4ª série acessam a internet pelo menos uma vez por semana.
  • Aumenta para 87% o acesso a internet entre os que têm ensino superior.
  • Entre os internautas, 92% estão conectados por meio de redes sociais, sendo as mais utilizadas o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%), Instagram (12%) e Google+ (8%). O Twitter, foi mencionado por apenas 5% dos entrevistados.

Esse post realmente me chama atenção como profissional da informação e é entender os fatos existentes atrás dos números. É preciso analisar sobre o que as pessoas acessam na rede, se sabem buscar informações e mais que isso: sabem como tirar proveito do que existe de bom na rede, separar informações relevantes das não relevantes.

Embora a pesquisa e a observação empírica permita afirmar que  67% acessam a rede em busca de informações ou notícias, mesmo percentual dos que dizem entrar na internet para buscar entretenimento (pergunta de múltiplas respostas).

Democratizar o acesso não significa o mesmo que incluir a todos, logo, não podemos seguir estimulando um discurso que não é retrata a realidade de que todos ou grande parte possuem acesso e sim perceber se sabem utilizar as ferramentas disponíveis e se o governo contribuiu fomentando projetos de promoção a cidadania e coesão social.

Existe um mundo de possibilidades com a web e pode ser explorada de forma pedagógica para dar suporte a educação, formal continuada ou a distância. Mesmo porque não podemos pensar apenas nos nativos digitais pois há que considerar a existência de pessoas que precisam ser alfabetizadas, capacitadas para então conseguirem ser inseridas na tal sociedade da informação*.


*Sociedade da Informação é a nomenclatura dada para os programas nacionais voltados às Tecnologias da Informação e Comunicação como forma de garantir sua utilização e distribuição para toda a população, para assegurar que as TIC não sejam mais um fator de exclusão social. O termo nasce em Portugal em meados da década de 1990 e vai ganhando força em todo o mundo. No Brasil, o projeto é finalizado entre 1999 e 2000. Em alguns países, o mesmo programa pode ser encontrado como “Sociedade do Conhecimento”.

Materiais relacionados:

 


Fontes consultadas:

http://www.budde.com.au/Research/Brazil-Mobile-Operators-Insights-and-Analysis.html
http://www.budde.com.au/Research/Brazil-Mobile-Market-Insights-Statistics-and-Forecasts.html
http://www.internetworldstats.com/sa/br.htm
http://www.internetworldstats.com/stats15.htm
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-12/brasileiro-passa-mais-tempo-na-internet-que-vendo-tv
SANTOS, Plácida L.V.A; CARVALHO, Angela M. G. Sociedade da Informação: avanços e retrocessos no acesso e no uso da informação Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.19, n.1, p. 45-55, jan./abr. 2009. Disponível em: <http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/1782/2687&gt;.